Consórcios se destacam como investimentos para a aquisição de bens e serviços por suas condições atraentes e menor burocracia. Ainda que sejam famosos por suas facilidades, consórcios exigem planejamento e comprometimento. Por poderem durar por vários meses e anos.

Pelo longo tempo de duração, a falta de planejamento pode fazer com que os consorciados tenham que cancelar a participação no grupo. Em caso de cancelamento, o que acontece com o dinheiro? Como é possível recuperar o que foi investido até o momento do cancelamento?

Acompanhe o post para entender de que maneira é possível recuperar o dinheiro do consórcio cancelado e qual a melhor maneira de lidar com toda a situação.

Cancelamento de consórcios

Consórcios são a forma mais rápida de conseguir bens e serviços muito desejados. A contemplação pode ser acelerada por lances e sorteios e, dessa forma, melhoras a satisfação dos consorciados.

No entanto, mesmo com lances e sorteios, ter um consórcio contemplado pode levar muito tempo. Não ter condições de manter o consórcio, seja por falta de planejamento ou por emergências que surgem no caminho. Nessas situações, muitas vezes se torna necessário o cancelamento da participação no grupo de consórcio.

Conseguir um cancelamento que não prejudique o consorciado depende de agir de maneira correta. A melhor opção para um primeiro passo é buscar pela orientação da administradora, revisando as condições de contrato e solicitando o cancelamento.

Muitas pessoas que passam por problemas simplesmente param de pagar as parcelas. Agir dessa maneira, no entanto, só causa mais problemas, uma vez que o consorciado entra em situação de inadimplência e multas, taxas e juros por atraso começam a ser contadas.

O abandono do pagamento de parcelas impede o consorciado de participar de sorteios até a regularização, além de causar diversos problemas para o consorciado. Além disso, a administradora continua contabilizando as parcelas que estão a vencer, de forma que quando a data de pagamento chega, mais e mais parcelas são acrescentadas à inadimplência.

O cancelamento do consórcio, dessa forma, evita o pagamento de multas por atraso e para a contagem de parcelas a serem pagas, evitando que o consorciado crie uma grande dívida com a administradora.

Recuperação do dinheiro após o cancelamento

Os mesmos impedimentos sobre contemplação se estendem para o cancelamento do consórcio, no entanto, as taxas, juros e diversas consequências previstas em contrato são eliminadas em relação aos meses ainda em aberto.

Ao pedir o cancelamento o dinheiro já pago não é imediatamente devolvido. Ao pedir o cancelamento o consorciado deve quitar todas as parcelas já vencidas, não sendo obrigado a pagar as parcelas a vencer. O dinheiro é devolvido apenas com o encerramento do grupo.

Assim como ocorre com a contemplação, a recuperação do dinheiro também pode ser antecipada por meio dos sorteios utilizados para contemplação. No caso de consórcios cancelado, em lugar de receber a carta de crédito para a compra do bem ou serviço, a contemplação libera a devolução do valor já pago pelo consorciado.

Perda do valor das taxas

Além de abrir mão da aquisição do bem ou serviço de seus sonhos, os consorciados têm algumas desvantagens no cancelamento. No cancelamento, o valor pago para o fundo de reserva, que é o liberado com a carta de crédito no momento da contemplação, é restituído ao consorciado. No entanto, é feito, ao longo do tempo no grupo de consórcio, mais do que o valor do fundo de reserva.

Com o cancelamento, os valores referentes a taxa de administração e ao seguro não são devolvidos. Além disso, o fundo comum acaba tendo uma multa rescisória de 10% do valor pago, aplicada caso o prazo mínimo de contribuição determinado em contrato não for cumprido antes do cancelamento.

Existe alternativa ao cancelamento?

Nos casos onde o consorciado não é mais capaz de arcar com suas responsabilidades com o pagamento da cota, contemplada ou não, não é necessário ficar inadimplente ou cancelar. As duas opções acabam por causar a perda de uma parte do valor pago, seja pelas taxas administrativas não restituídas ou pelas multas por atraso em pagamento.

A melhor alternativa existente para quem não pode mais manter sua cota é a transferência de titular. Por meio da venda de consórcio contemplado, o consorciado consegue cobrir seus gastos e ter uma margem de lucro.

A partir do momento da venda e da transferência da titularidade, as parcelas a vencer passam a ser de responsabilidade do novo dono. Dessa forma, o consorciado recupera seu dinheiro mais rapidamente, não perde o montante referente às taxas e deixa de ter responsabilidades com o grupo de consórcio.